domingo, 2 de outubro de 2011

first


Há dias que nos deprimem. A chuva, por exemplo, é um dos factores que leva a que isso aconteça. No entanto, hoje não estava a chover e, por incrível que pareça, EU estava deprimida. Talvez porque, finalmente, me apercebi que sinto falta de certas essências, de certos sorrisos e formas de ser. Talvez sinta falta daqueles momentos em que permanecíamos no silêncio. Aquele silêncio que só nós conseguíamos criar. Um silêncio só nosso. E saber que já não me posso envolver com esse silêncio não é a mesma coisa. Foi algo que se extinguiu. Para sempre. Todavia, o nosso silêncio permanece retratado em cada esquina. Tudo trocado entre nós, são agora memórias. Memórias que em tempos foram dóceis e desejadas e que, rapidamente se tornaram em memórias amargas que teimam em atormentar o nosso cérebro. Nesse momento, imaginamos que tudo está a acontecer outra vez. Imaginamos aquilo milhentas vezes sem faltar um único pormenor. Somos minuciosos. Mas, na realidade, estamos a reviver aquilo que, em tempos, nos alimentava e nos concedia uma felicidade gigantesca. Agora, entristece-nos. Acordamos para a realidade. Já não há esse alimento e a felicidade é adquirida por outros meios. E só quando esse alimento for substituído por algo que tenha um valor superior, aí sim, é que vale a pena. A felicidade volta a florescer. E, desta vez, persiste em ficar. Quer com um alimento, quer não.


1 comentário:

Anónimo disse...

espero bem q saibas, ou que pelo menos tenhas uma noção da qualidade imensa q os teus textos têm! ;)
sei perfeitamente do que falas -.-
e acho q devias tornar público o teu blog :D